quarta-feira, outubro 10, 2007

A nossa canção

Gosto de ti como quem gosta do sábado,
Gosto de ti como quem abraça o fogo,
Gosto de ti como quem vence o espaço,
Como quem abre o regaço,
Como quem salta o vazio,
Um barco aporta no rio,
Um homem morre no esforço,
Sete colinas no dorso
E uma cidade p’ra mim.

Gosto de ti como quem mata o degredo,
Gosto de ti como quem finta o futuro,
Gosto de ti como quem diz não ter medo,
Como quem mente em segredo,
Como quem baila na estrada,
Vestido feito de nada,
As mãos fartas do corpo,
Um beijo louco no porto
E uma cidade p’ra ti.

Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.
Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.

Gosto de ti como uma estrela no dia,
Gosto de ti quando uma nuvem começa,
Gosto de ti quando o teu corpo pedia,
Quando nas mãos me ardia,
Como silêncio na guerra,
Beijos de luz e de terra,
E num passado imperfeito,
Um fogo farto no peito
E um mundo longe de nós.

Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.
Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.

Pedro Abrunhosa – "Ilumina-me"





Dorut S.CH

domingo, outubro 07, 2007

TB te adoro

Beija-me já. Sem mais rodeios, porque o desejo mata (-me).
Pendura-te de braços no meu pescoço, enrola-te no meu corpo, e simplesmente, sem qualquer complexidade, beija, morde, toca, lambe, e sente o todo o meu ser.
Deixa cair o pano que quer esconder toda essa sensualidade, mostrando-me os traços desse corpo nu que tanto anseio e desejo possuir uma e outra vez, ainda que não dês conta que por mim, ficaria uma vida inteira (a única que tenho) a faze-lo.
Excita o meu corpo, e partilha todo o prazer do mundo nos nossos corpos, alheios de tudo e todos, do dia e da noite, entregues ao desespero da vontade carnal fugaz e eterna…
Quero perder-me no horizonte de tudo o que és, pelo teu cheiro, com o teu toque, devorando-te só para saber outra vez o sabor que me levam os lábio à loucura… Tenho que beijar-te a boca, a língua, o pescoço, os ouvidos, os seios, o umbigo…




E Adoro-te como se fosses a única pessoa que alguma vez amei.

Buterfly (des)efect



Continuo ainda assim a tentar dar o melhor de mim, mesmo que o melhor não o seja interpretado como tal. Pertenço-te. E isso dá-te o direito que eu te tente fazer feliz com as unhas e os dentes que vou tendo.
Ainda que agora o meu corpo esteja longe do teu, a tua presença está-me perto pelo sabor que deixa um rasto de ardor nos meus lábios. Às vezes penso que não deves fazer ideia do quanto de amo, do quanto te desejo, do quanto me excitas… Com esse corpo suave, lindo e fraterno simplesmente gostoso e desejado pelos meus lábios, pelos meus dentes, minha língua, meu corpo.
Tenta só imaginar o quanto quero pôr-te a mão nesse rabo (acredita que é mesmo mesmo sensual).
Quero esquecer tudo o que não passa por ti, e viver do resto.
Quero-te mais que tudo…
E por mim, “Podíamos ficar todos os dias deitados num sofá a fazer amor, mas não seria nada de mais, menos para nos os dois…”
O convite continua à espera de uma resposta…