sexta-feira, abril 23, 2010

O expectavel...


















Perco-me pelo teus desvaneios tão depressa quanto me apaixono por tudo o que tu me és. Eu acabo por confessar que não gosto de me apaixonar tão depressa. Mas a perda do controlo das coisas faz tudo ter um sabor mais fogoso. Tudo tem mais adrenalina quando é inesperado.
Tu és a culpada dos dias pelos quais passo se encherem de um monte de momentos onde a saudade predomina mais que tudo. E onde o pensamento que me vagueia não se desvia de ti.
Onde andas tu com esse corpo que me falta? Quanto tempo mais vou eu ter de passar deixado na tortura de não te ter? A salvação das tuas palavras é o mais que te vou conseguindo ter.
Amo todos esses momentos em que a tua voz, falando coisas inocentes, soa a murmúrios provocantes que me agitam a imaginação. Que me incitam um arrepio de prazer, e um delírio de me ver perdido como teu corpo.
Apressa-me para aquele momento em que vais ser minha. Longe de tudo. De compromissos. Do tempo. Da consciência. Ouve o meu corpo chamar por ti. Enche-me o corpo de nudez. Preenche um chão com roupas amarrotadas. Faz dos nossos corpos um labirinto complexo onde só nos queremos perder. E encontrar. Apetece-me tudo de ti. Essa boca a saborear-me a pele. A tua sensualidade perdida no meu suor, e no teu. A tua língua a enlouquecer-me. As tuas mão deixando-me ainda mais excito. O teu êxtase no seu auge. E a loucura chegando ao clímax.
És um cumulo de fascínio para mim. Ainda que assim não te vejas. E cais-me no extremo da importância. E no enlace da perfeição.

sábado, abril 10, 2010

Não tens nada a dizer?


















Sinto o corpo emergir num desconhecido que me atrai mais do que eu queria. Estou por aqui completamente desnorteado. Perdido como gosto de estar. Caio na realidade crua e chego à conclusão de que as coisas que me fascinam, nem sempre retribuem do mesmo jeito. O mundo mostra-se cada vez mais ridículo perante os meus olhos. Só dá vontade de me livrar dele a partir do momento em que te tenha minha. Quero devorar-te de um jeito que não ousas imaginar. Consumir este sentimento que veio parar para o meio de nos. Fazer as loucuras que os vulgares não se atrevem a cometer. Atirar-me de cabeça em ti sem sequer querer saber se a queda é grande. Nem saber tão pouco em cima de que é que vou cair. Quero viver no fio da navalha. Sentir a emoção perto a cada gesto. Largar as palavras que o meu imaginário quer soltar. Enlouquecer cheio de juízo.
Sou incompreendido pelo que me rodeia. E um fingido para quem não me conhece. Sou mais do que só eu. Um ser dotado de coisas que ninguém sabe explorar. Mas isso pouco importa. Importa que seja eu de verdade no meu pensamento. Que me sinta realizado em palavras mudas.
O que esperas tu sabendo aquilo que te desejo?
Impõe-te a mim. Explora-me. Conhece-me mais ainda. Vive de um momento único a cada dia que estejas comigo. Perde o medo que interprete mal o que fazes perante mim. Abraça-me. Tira-me o fôlego. Morde-me… Beija-me sem jeito… Vasculha o meu corpo perverso. Sem preconceitos. Com demasiadas vontades. Faz aquilo que realmente queres fazer em mim. Sem o medo que te censure a atitude.
Mas isso tu não sabes fazer. Eu - não posso fazer nada…

Ando por um caminho onde acabo sozinho. E vou de proposito...