quarta-feira, novembro 28, 2007

Relativo



Aprendi depressa que tudo é relativo e sujeito a opiniões diferentes, pontos de vista banais e criticas sem fundamento, com o risco de parecer estupido. A minha verdade pode ser a mentira de todos os outros.
Estava ha dias, sentado num cubo de marmore frio enorme, num inicio de noite gelado, saído de um comboio fugaz, e ja não me incomodava com o frio. Nem importa se aqui ao lado está quente dentro do café, nem se tem televisão, nem se tem maravilhas que não são minhas. O frio foi relativo.
A relatividade faz-nos ficar chateados com palavras que se ouvem mas que mesmo assim se sabe que não se sentem, simplesmente pelo desgosto de não ouvir o que se queria.
Apetece-me virar para algum lado e dar um tiro no escuro, so pelo prazer de ter o dominio o poder na ponta do dedo a puxar o gatilho, assustando tudo o que seja possível de apontar. Simplesmente não ha alvos perante um tiro completamente relativo e despropositado.
Os teus beijos também são relativos, com a mesma deliciosa relatividade infinita de sempre...O mesmo acontece com o meu desejo de tocar-t a pele do corpo suave com as minhas mãos quentes...pode parecer suficiente, mas nunca é demais, e nunca sobra.
Tudo é relativo, tal como um sopro, um calafrio a arrepiar-me o corpo até à nuca.

domingo, novembro 18, 2007

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Tenho Fome do Teu Corpo

Dos Teus Beijos a percorrerem o Meu Corpo

Dos teus beijos a tocar-me

A explorar

A delirar-me

Hummmm

Tenho Fome de Ti ...

Só tu não queres ver isso...

terça-feira, novembro 13, 2007

Porto




Caminhar à noite no Porto é estranho. Sabe bem...
É aquela sensação de que não é nada mau.
Hoje fi-lo, por entre um caminho obrigatório e definido...sozinho... No escuro…
Vazio de companhia, simplesmente na companhia dos meus passos.
Podíamos passear assim um dia destes...
De mão dada. Sem destino...só contigo...interrompido pelos teus beijos, pelos teus abraços, ou mimos vindos das tus mãos sauves.
Preciso de tudo isso...
Com ou sem passeio a pé...

quarta-feira, novembro 07, 2007

Metro





simplesmente estava andando, distraído, queimando os minutos da minha espera com passos em volta de sítios que não conhecia.
Estava no Porto, vagueando pelo metro.
Pelo meio da azáfama de uma multidão desesperada por mais tempo vago, estavam duas pessoas completamente alheias a isso, sentadas no meio do frio, nuns bancos no meio do nada. Sem pressas nem noções do que os rodeava. Simplesmente cobertos da felicidade de se terem, ali, parados.
Não tinham nada para me despertar a atenção.
Mas despertaram. Não era difícil imaginar que podia estar antes eu ali, contigo.
Abraçados.
Deixados na pedra fria, como a noite também o estava.
Sem tempo previsto.

Tão depressa aqueles dois me sumiram da memória como a pressa com que os deixei para trás.
Mas no meio dos passos vazios, fiquei a imaginar-nos ali. Mas só até tu chegares.
Aí, já não havia nada para imaginar.