Relativo
Aprendi depressa que tudo é relativo e sujeito a opiniões diferentes, pontos de vista banais e criticas sem fundamento, com o risco de parecer estupido. A minha verdade pode ser a mentira de todos os outros.
Estava ha dias, sentado num cubo de marmore frio enorme, num inicio de noite gelado, saído de um comboio fugaz, e ja não me incomodava com o frio. Nem importa se aqui ao lado está quente dentro do café, nem se tem televisão, nem se tem maravilhas que não são minhas. O frio foi relativo.
A relatividade faz-nos ficar chateados com palavras que se ouvem mas que mesmo assim se sabe que não se sentem, simplesmente pelo desgosto de não ouvir o que se queria.
Apetece-me virar para algum lado e dar um tiro no escuro, so pelo prazer de ter o dominio o poder na ponta do dedo a puxar o gatilho, assustando tudo o que seja possível de apontar. Simplesmente não ha alvos perante um tiro completamente relativo e despropositado.
Os teus beijos também são relativos, com a mesma deliciosa relatividade infinita de sempre...O mesmo acontece com o meu desejo de tocar-t a pele do corpo suave com as minhas mãos quentes...pode parecer suficiente, mas nunca é demais, e nunca sobra.
Tudo é relativo, tal como um sopro, um calafrio a arrepiar-me o corpo até à nuca.