quarta-feira, abril 19, 2006

Fala-me

Vejo que a tempestade rebentando
No meio da noite
E nada dela me atinge.
Tudo é lavado e afastado
Pelos impulsos da chuva.
Os edifícios da ciencia estão de lado
E céu apenas o preto.
Talvez a chuva o lave distante
E o vento empurre tudo para o mar.
Não há nada deixado aqui
Para mim.
Eu presto atenção a tudo aquilo
E gostava poder ir la para fora, e
Levar-me por todo aquele cenário,
Mas sem morrer.
Fala comigo
Mesmo no meio da noite
Puxa sua boca
Perto da minha.
Eu posso ver o vento vir para baixo
Com a noite preta,
E querer ir com ele.
Fala-me assim
Como os ventos furiosos lá fora
Batendo na janela,
E tentando aproximar-nos.
Ouve a chuva cair
Vê o vento vir a meus olhos
Vê a tempestade quebrada
E afinal não ver nada.
Fala comigo
No meio da noite .
Fala-me e
Prende sua boca à minha
Porque o céu está a partir-se.

Eu sei a maneira que te sentes:
Como a chuva fora
Mas fala-me...

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial