sábado, novembro 01, 2008

Uma ordem



Capricha-me a vida de desejos quase insanos. Quero livrar-me desta carência do teu charme subtil e modesto. É esse o efeito de te ter em qualquer lado que não seja no meu pedaço de ser. Quero viver numa cama grande contigo. Fazer da vida um mar de prazer teu, desejo meu e sonhos nossos. Morar num quarto onde haja o cheiro a mar e se veja da janela o morrer eterno das ondas e o por do sol em noite de gelo de inverno.
O que fazer sem os teus lábios na retoma do sabor do teu corpo? Da tua língua a correr-me o íntimo do êxtase? Das mãos a fazer do teu corpo o resto do meu? Só não me fazes falta quando não existo. Porque o murmúrio dos desejos me persegue mais do que pude outrora pensar. E a culpa é tua. Culpo-te pela saudade que me consome. Mas fico feliz por isso.
Ninguém sabe o que isto é. Vai além do só meu ou do só teu. O verdadeiro eterno no voar de um tempo que não pára na tua presença.
De quem mais valia a pena sentir a falta? Por quem mais valeria a pena ficar acordado a imaginar sentires-te vestida cheia de desejo de não o estar, assim, minha, coberta da inocência de me possuir, repleta de fugacidade inquieta, e louca por mostrar que é muita mais do que parece?
Tu sabes bem a resposta…

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial