quarta-feira, novembro 19, 2008

O nosso mundo

(Teoria do efeito borboleta:
“O bater de asas de uma borboleta em Tóquio provoca um furacão em Nova Iorque.")


Debaixo da lua onde tudo podia acontecer é onde tudo acontece. A tua entrega perfeita a mim faz de todos os momentos um climax de sensação. E o teu corpo torna-se cada vez mais irresistivel à minha tentação de te provocar. Quero mais desse jeito inocente e discarado de mexer comigo. Dessa sedução subtil e directa a mim. Aquece este corpo gelado pelas noites de inverno e deixa a minha pele em extase por mais de ti. Despe o teu charme, enche o chão de roupa amarrotada e mostra-me esse corpo vazio de imperfeições. Sente-me delirar perante uns olhos que não param de ver os detalhes do teu corpo sempre requintado.
Nota o mundo parar so à nossa volta por cada segundo de loucura entre os nossos corpos e as nossas mãos e neles. Nada mais parece ter interesse senão o ferver de te ter colada a mim. Porque os meus lábios querem tudo. Menos parar de te desfrutar do teu sabor a sentimento. Menos parar de fazer-te arrepiar de tão deliciosa que és que os obrigas a tocar-te.
Perco-me em ti mais do que consigo. E tu andas perdida o tempo todo em mim. As palavras acabam por perder o sentido onde os gestos dizem tudo, e falam o que so nos sabemos e o que mais ninguem saberá.
No fim é como se tudo estivesse no principio. O desejo não se consegue acabar. Nem quer. Não contigo ali, perante mim, escandalosamente provocante.
Tocar-te é um sem-palavras de sentimentos con-sentidos. O tempo irrita-me por não parar na retoma de ti aos meus braços. Não quero que chegue a hora de irmos para um-sem-o-outro. Isso é um lugar sem jeito.

(E quando bates a asas por mim, onde achas que vem parar o furacão?)

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